SIMPÓSIOS TEMÁTICOS
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Profa. Dra. Ana Maria Soares Zukoski
Profa. Ma. Gabriela Lasta (PG-UEM)
Profa. Dra. Wilma dos Santos Coqueiro (UNESPAR)
RESUMO: Ao longo da historiografia literária e, sobretudo, a partir da consolidação dos movimentos feministas nos anos de 1970, autoras mulheres têm explorado de maneira profunda e multifacetada as diversas formas de violência que as mulheres enfrentam, tanto dentro quanto fora do espaço doméstico. Desde violências físicas até as mais sutis formas de opressão e discriminação – como a violência simbólica teorizada por Pierre Bourdieu (2015) – em seus diversos gêneros, a literatura de autoria feminina oferece uma ampla e profícua análise dessas questões, propiciando a expressão de experiências femininas dolorosas e, não raras vezes, silenciadas e invisibilizadas pela sociedade ainda enraizada em valores patriarcais seculares. Além de refratar as violências sofridas por mulheres reais, essas obras buscam descontruir estereótipos e desafiar as normas patriarcais. Tendo isso em vista, neste simpósio pretende-se acolher trabalhos que tragam diferentes enfoques e estratégias literárias de autoras, de diferentes países, em obras poéticas, ficcionais ou dramatúrgicas, para abordarem essas temáticas complexas, assim como o impacto dessas representações na sociedade e na percepção pública das relações de gênero. O objetivo desse simpósio, a partir de teorias críticas e gêneros diversos, é fomentar uma reflexão crítica acerca do papel da literatura de autoria feminina na denúncia da violência de gênero, bem como em uma maior conscientização social acerca dessa problemática.
Palavras-chave: Literatura de autoria feminina. Violência de gênero; Representação literária.
Data: 24/10/24 (quinta-feira)
Profa. Dra. Sylvia Mara Pires de Freitas (UEM)
Psi. Ma. Thais Fernanda de Oliveira Martins (PG-UEM)
RESUMO: O presente Simpósio busca reunir trabalhos que elucidam possíveis diálogos entre a psicologia, arte e literatura, enfatizando a importância de interlocuções interdisciplinares e contribuições que a arte e/ou a literatura podem oferecer à compreensão da constituição do sujeito e aos campos social e político. Sendo meios de comunicação criados pela sociedade e para a sociedade, entende-se que a arte e a literatura são, em si, instrumentos sociais que retratam – de modo fiel ou mediante a (re)criação – a realidade a qual pertencem. Por meio delas, é possível contatar temáticas presentes em nosso cotidiano; visitar e revisitar a história humana; e conhecer mais sobre a vida em movimento e sobre a diversidade humana que a compõe. Como instrumentos de comunicação, a arte e a literatura podem fazer ecoar vozes que são silenciadas, como as vozes das maiorias minorizadas, denunciando e desvelando injustiças e violências sociais. Além disto, ao retratarem as diferentes existências humanas, permitem às pessoas interlocutoras transcenderem a realidade posta e alcançarem novas percepções e reflexões frente às suas experiências. Assim, a arte e a literatura contribuem com transformações no existir das pessoas e na forma como elas se relacionam com seu meio, podendo, igualmente, produzir transformação da realidade sociomaterial. Diante de produções artísticas e literárias que ultrapassam momentos de entretenimento, ao desempenharem uma função social, faz-se possível averiguar quais contribuições podem oferecer ao desenrolar da psicologia – enquanto pode-se compreendê-las como fontes de histórias ricas em temáticas diferenciadas que estão, direta ou indiretamente, relacionadas às pessoas que se contatam com elas, conseguindo operar como mediadoras entre a pessoa e seu contexto sociomaterial. Estes elementos perpassam não só as investigações da psicologia, mas também as construções artísticas e literárias. À vista disto, o Simpósio viabilizará espaço para se pensar as contribuições mútuas que surgem dessa relação. Logo, trabalhos que busquem investigar os possíveis diálogos entre psicologia – em seus diferentes campos de atuação –, arte e/ou literatura, podem enriquecer esse espaço de discussão.
Palavras-chave: Psicologia. Arte. Literatura. Interdisciplinaridade.
Data: 24 e 25/10/24 (quinta e sexta-feira)
Profa. Dra. Janaína de Azevedo Baladão (PUCRS)
Profa. Dra. Rosângela Fachel de Medeiros (UFPel)
Profa. Dra. Silvia Elizalde (UBA)
RESUMO: Desde a invenção da infância na modernidade, acompanhamos uma transformação na forma e no status da presença e da representação de crianças em narrativas de diferentes linguagens, as quais, da mesma forma que a própria noção de infância, variam conforme seus contextos geopolíticos, socioculturais e econômicos, e sofrem mudanças com o passar do tempo, havendo assim uma multiplicidade de infâncias. Neste sentido, propomos este dossiê como um espaço para a confluência de discussões teórico-críticas a respeito das representações da infância na literatura, no audiovisual e nas artes, oriundas de perspectivas e campos do saber diversos. Interessam-nos reflexões a respeito de como essas representações interseccionam diferentes marcadores identitários - de classe, gênero, sexualidade, raça/etnia, etc - à experiência de ser criança. E, também, sobre de que modo essas representações e as narrativas que as comportam - criadas em sua quase totalidade por pessoas adultas - articulam o adultocentrismo hegemônico, recorrendo, ou não, à participação de crianças em seus engendramentos. Como a alteridade da infância resiste nessas narrativas? Mas, sobretudo, desejamos que as discussões apresentadas para esse dossiê nos ajudem a compor uma reflexão coletiva em relação à forma como as representações da infância interpelam as violências, as desigualdades, as vulnerabilidades e as precariedades, que assolam globalmente esse período específico da vida humana, e quais suas implicações quando pensamos em construir um mundo que abrace a todas as infâncias.
Palavras-chave: Representações da Infância. Literatura. Audiovisual. Artes.
Data: 24 e 25/10/2024 (quinta e sexta-feira)
Profa. Dra. Érica Fernandes Alves (UEM)
Prof. Dr. Heleno Álvares Bezerra Júnior (IFRJ)
Prof. Dr. Rubenil da Silva Oliveira (UFMA)
RESUMO: Este simpósio visa proporcionar um espaço de diálogo interdisciplinar para explorar as representações de corpos desviantes e identidades queer na literatura brasileira e mundial, integrando perspectivas teóricas, culturais e literárias para analisar as narrativas que desafiam as normas de gênero e sexualidade. Abarcaremos discussões que abordam conceitos-chave da teoria queer, incluindo a noção de corpo abjeto e as contribuições fundamentais de pensadores como Judith Butler, investigando como as narrativas literárias representam e subvertem as construções normativas do corpo e da identidade, dando voz às experiências marginalizadas da comunidade LGBTQIAPN+. Um dos principais focos será a discussão sobre a violência física e psicológica enfrentada por esses sujeitos, evidenciada através das obras literárias. Queremos analisar como essas narrativas refletem e resistem às estruturas de poder dominantes, contribuindo para uma maior compreensão das lutas e triunfos da comunidade LGBTQIAPN+. Além disso, convidamos pesquisadores a submeter trabalhos que explorem a interseção entre identidade sexual, de gênero e literatura, destacando as diversas formas de expressão e resistência encontradas nas obras queer. Aceitamos contribuições que examinem obras literárias de diferentes épocas, gêneros e regiões geográficas, tanto no Brasil quanto ao redor do mundo. Esperamos que este simpósio promova uma reflexão profunda sobre o papel da literatura na construção e desconstrução de normas sociais, bem como no fortalecimento da visibilidade e reconhecimento das experiências dessa comunidade.
Palavras-chave: Literatura Queer. Corpos Desviantes. Identidade Sexual e de Gênero. Teoria Queer
Data: 25/10/2024 (sexta-feira)
Ensalamento: https://docs.google.com/document/d/1Psml57Mq7aWMSkItbxy8o87xxMVG99I4zB6T2AKzlkc/edit?usp=sharing
Profa. Ma. Dhéssica Caroline Fogaça (PG-UEM)
Profa. Dra. Geniane Diamante F. Ferreira (UEM)
Prof. Me. Gustavo Moreira Rocha (PG-UEM)
RESUMO: As pesquisas acerca da Literatura de Língua Inglesa tendem a convergir seus interesses às produções provenientes de países como a Inglaterra e os Estados Unidos, além disso, embora menos comumente, também o Canadá e a Austrália. Desse modo, fica evidente que, embora esse idioma seja a língua oficial de mais de 67 países, a literatura neles produzida não ganha muito espaço na academia. No entanto, é sabido que essa produção tem alta qualidade e significativo impacto, sendo, ainda, sucesso de público e crítica. A esse respeito, prêmios ocidentais como o National Book Awards, o Pulitzer e até mesmo o Nobel não têm podido se furtar de conceder premiações a autores e obras oriundos do continente africano em diversas línguas, mas principalmente em inglês. Nomes como Chinua Achebe, Chimamanda N. Adichie, Nadine Gordimer, J. M. Coetzee, Ngũgĩ wa Thiong'o, Wole Soyinka, entre muitos outros, têm figurado em listas de livros mais vendidos e elogiados, e suas obras têm sido traduzidas para dezenas de diferentes idiomas. Tal literatura trata, mormente, de temas como a escravidão, a diáspora, o racismo, o multiculturalismo, o feminismo negro e assuntos afins. Desse modo, além de presentear o mundo com uma produção de alta qualidade literária, tais textos têm se tornado, cada vez mais, de suma importância, uma vez essas questões estão diariamente em debate internacional, dada a demanda que as sociedades apresentam de trazer à baila essas discussões. As fronteiras têm se tornado mais fluidas diante da imensa movimentação de pessoas entre países e nações e o consequente multiculturalismo levanta embaraços que merecem nosso olhar. A Literatura, sendo parte da sociedade, arte que a representa, é ferramenta essencial para dirimir esses conflitos. Desse modo, dada a condição, na História Mundial, em que se apresenta o continente africano, a literatura lá produzida é de extrema relevância para a necessária resistência à opressão. São a essas produções que este simpósio pretende atentar-se e, por razões didáticas, dadas as incontáveis nações em África, escolhemos as literaturas produzidas em língua inglesa (incluindo suas traduções para português) para nos dedicarmos nesse momento. Assim, almejamos receber trabalhos que pesquisem a literatura africana em língua inglesa, principalmente no que tangem os aspectos da Crítica Literária Pós-colonial, baseados em estudos de Bhabba (1998), Ashcroft (2001), Hall (2003), entre outros.
Palavras-chave: Literatura africana; língua inglesa, crítica pós-colonial
Data: 24 e 25/10/2024 (quinta e sexta-feira)
Profa. Dra. Margarida Pontes Timbó (UVA)
Profa. Dra. Maria Elenice Costa Lima Lacerda (UFPI)
RESUMO: A autoria feminina lança um olhar diferenciado para temáticas que, apesar de intrinsecamente relacionadas ao feminino, foram amplamente idealizadas pelos escritores masculinos a serviço da manutenção do status quo patriarcal. Como exemplo, pode-se pensar em Emílio ou da educação, de Rosseau, que tanto contribuiu para a formulação de uma nova visão acerca da criança e da mulher-mãe pela sociedade; na contramão do filósofo surge a imperativa frase de Simone de Beauvoir “não se nasce mulher, torna-se mulher” arcabouço de sua tese culturalista. Isso já evidencia que há sim distinção nada sutil entre a produção masculina e a feminina. Esta última, não por acaso, marcada por décadas de silenciamento e de apagamento. Dito isto, este simpósio objetiva discutir as dicções do literário com o tema da maternidade, a partir de reflexões sobre as maternidades possíveis na literatura escrita por mulheres, considerando às seguintes questões: como as escritoras têm abordado a temática materna em seus textos ficcionais? De que modo a maternidade/maternagem atravessa a produção poética das autoras? E, por fim, quais as imbricações da maternidade/maternagem na existência das personagens femininas? Cabe pensar ainda acerca dos aspectos raça, gênero e classe avaliando principalmente como eles contribuem na consolidação dos paradigmas impostos tanto às mulheres mães quanto às mulheres que maternam. Nesse viés, serão aceitas comunicações orais que visem o diálogo da literatura com diferentes tipos de maternidade numa perspectiva feminista cujos aportes teóricos se baseiem em estudos de temas como subjetividade, violência, gênero, feminismos, discutidos por estudiosas como Andrea O’Reilly, Angela Davis, Bell Hooks, Elisabeth Badinter, Flávia Biroli, Judith Butler, Lélia Gonzales, Virgínia Woolf, Simone de Beauvoir, entre outras. Por fim, espera-se que o estudo das representações da figura materna em obras literárias de autoria feminina ampliem as perspectivas de análises e contribuam para reflexões mais perspicazes dos pormenores que atravessam a existência das mulheres para além da ficção.
Palavras-chave: Maternidade. Maternagem. Literatura. Autoria feminina.
Data: 24/10/2024 (quinta-feira)
Profa. Ma. Fernanda Favaro Bortoletto (PG-UEM)
Prof. Dr. Pedro Barth (UFU)
RESUMO: Durante séculos as vozes literárias de escritores/as negros/as, indígenas e não-brancos/as foram abafadas pelo Cânone Ocidental, sendo consideradas dissonantes ao modelo euro-americano de cultura. Sendo assim, a literatura produzida por esses sujeitos esteve relegada às margens sociais. Ainda mais imbricadas na exclusão sistemática, tanto na sociedade quanto na literatura, estão as crianças e adolescentes que compõem as ditas maiorias minorizadas: negros/as, não-brancos/as, indígenas, imigrantes, atípicos/as e sujeitos LGBTQIA+. Após uma história marcada pelo seu reconhecimento preconceituoso enquanto uma literatura menor, não séria e imatura, nas últimas décadas, a produção literária para crianças e jovens teve expressiva ampliação, inclusive em relação à diversidade de autorias e temas. Assim, é possível afirmar que há mais representatividade à disposição do/a leitor/a. Entretanto, é fundamental a crítica literária de tais obras, tanto para investigar como as diversas identidades são representadas, quanto para pensar em caminhos para a recepção das obras em espaços escolares e não-escolares. Assim, o presente simpósio visa abarcar trabalhos que versem sobre questões de racismo e exclusão, bem como de identidade e de resistência desses sujeitos em obras literárias infantis e juvenis provenientes das mais diversas regiões do mundo.
Palavras-chave: Identidade. Literatura infantil e juvenil. Maiorias minorizadas. Resistência.
Data: 25/10/24 (sexta-feira)
Profa. Dra. Magdalena González Almada (CONICET)
Prof. Dr. Luiz Felipe Viel Moreira (UEM)
RESUMO: Na literatura latino-americana, pode-se reconhecer uma série de configurações sociais nas quais é possível identificar expressões que representam maiorias ou minorias. Critérios de classe, gênero, etnia, raça, entre outros, emergem nos textos literários como projeções de sentido de sociedades assimétricas, por vezes em desequilíbrio. A leitura de Maioria minorizada: um dispositivo da racialidade (2020), de Richard Santos, inspira o convite para participar deste simpósio, no qual pretendemos abrir espaço para reflexão e discussão sobre as diferenças político-sociais e suas diversas representações literárias. Serão bem-vindas apresentações que analisem maiorias minoritárias, como populações indígenas, negros, mulheres, entre outros, que surgem - por alusão ou omissão - em uma ampla gama de textos literários. O conceito de "maioria minoritária" convida, nesse sentido, a criar dispositivos de análise crítica que nos permitam identificar diversos paradigmas da cristalização de imaginários sociais hegemônicos - e suas tensões - na produção literária da América Latina.
Palavras-chave: Maioria minoritária. Literatura latino-americana. Representações sociais.
Data: 24 e 25/10/2024 (quinta e sexta-feira)
Profa. Ma. Alexia Fernanda Alves Godoi (PG-UEM)
Profa. Ma. Fernanda Garcia Cassiano (PG-UEM)
Prof. Dr. Rubens Pereira dos Santos (UNESP)
RESUMO: “A minha pátria é a minha língua portuguesa”, a frase do escritor moçambicano Mia Couto, que faz referência ao icônico dizer de Fernando Pessoa, expressa a complexidade vivida por países africanos colonizados em relação à língua. Assim como o Brasil, os países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) convivem com uma das maiores heranças do processo colonial, o idioma. Teóricos como Albert Memmi (1977), Chinua Achebe (1997), Hamilton, Mata (2009) e Ngugi Wa Thiong’o (2015) discorrem sobre as implicações positivas e negativas desse legado. Fato é que, embora tenha sido utilizada como arma colonizadora, a língua tornou-se o maior troféu de guerra daqueles que lutaram em favor da independência das colônias portuguesas em África. Agostinho Neto, António Jacinto, Viriato da Cruz, Luandino Vieira, Pepetela, Ondjaki, Agualusa, José Craveirinha, Ungulani Ba Ka Khosa, Luís Bernardo Honwana e Mia Couto, dentre outros, desvelam, em sua poética, o poder da linguagem para a sobrevivência. Por esse motivo, o presente simpósio pretende focalizar as produções literárias em língua portuguesa, de países como Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo-Verde e São Tomé e Príncipe, a fim de celebrar e eternizar a potência histórica do continente e da força de milhares de africanos e africanas que fizeram da língua o seu grande trunfo, também como oportunidade para explorar a riqueza das vozes literárias que emergiram dessas complexas relações entre colonizador e colonizado, examinando como a língua portuguesa foi transformada, recriada e ressignificada por escritores africanos. Ao reunir estudiosos da literatura, buscamos aprofundar o entendimento de narrativas que permeiam essas obras, destacando como a língua pode ser um instrumento de resistência e identidade histórica. Se as contribuições revelam que a língua é mais do que um veículo de comunicação, a linguagem, outrora uma ferramenta de subjugação, tornou-se um símbolo de resistência. Esperamos que este simpósio contribua para outros diálogos que deem continuidade dessa tradição vibrante do fomento de estudos interculturais que transcendem fronteiras para que essa reunião seja uma celebração do poder da língua portuguesa em unir diferentes povos e realidades, bem como espaço de valorização de uma escrita que nos mostra que a verdadeira pátria é, de fato, a nossa língua.
Palavras-chave: Literaturas africanas. Língua portuguesa. Lusofonia. África.
Data: 25/10/24 (sexta-feira)
Profa. Dra. Elizandra Fernandes Alves (UNICENTRO)
Profa. Dra. Érica Fernandes Alves (UEM)
Profa. Ma. Natacha dos Santos Esteves (PG-UEM)
RESUMO: Este simpósio convida pesquisadores e acadêmicos a explorar as diversas facetas da produção literária dos povos originários, tanto no Brasil quanto em outros países ao redor do mundo com a intenção de dar visibilidade às narrativas indígenas, destacando sua luta por reconhecimento cultural, resistência e sobrevivência frente à violência histórica e contemporânea. Aceitamos trabalhos que abarquem as diferentes formas de expressão literária indígena, incluindo mitos, contos, poesias, romances e outras manifestações da oralidade ancestral. Além disso, pretende-se discutir o papel crucial da literatura na preservação e transmissão da cultura indígena, bem como na construção de identidades e na resistência contra a colonização e a opressão. Várias abordagens oferecem uma perspectiva única para compreender as narrativas indígenas, ressaltando sua resiliência e capacidade de adaptação em meio às adversidades, como é o caso da noção de sobrevidade, de Gerald Vizenor, os estudos de Graúna, Krenak e Thiel, entre outros. O simpósio aceita trabalhos baseados em pesquisas acadêmicas que explorem temas como violência, identidade, resistência, cultura e oralidade na literatura indígena. Encorajamos a submissão de estudos que analisem obras literárias de diferentes povos e regiões, contribuindo para uma compreensão mais ampla da riqueza e diversidade das tradições literárias indígenas em um espaço dedicado à valorização e ao reconhecimento da literatura como uma ferramenta de empoderamento e afirmação das culturas originárias.
Palavras-chave: Literatura Indígena. Resistência Cultural. Teorias Indígenas de Análise Literária. Identidade e Oralidade.
Data: 25/10/24 (sexta-feira)
Profa. Dra. Alba Krishna Topan Felman (UEM)
Profa. Dra. Maria Carolina de Godoy (UEL)
Profa. Dra. Nelci Alves Coelho Silvestre (UEM)
RESUMO: Este simpósio tem o propósito de receber apresentações que se concentrem em pesquisas ou relatos de experiências relacionados à literatura afro-brasileira presentes nos espaços acadêmicos - tanto na graduação quanto na pós-graduação -, nas instituições de ensino básico e nos programas de extensão. O objetivo é explorar de que forma as literaturas afro-brasileiras e/ou negras têm sido difundidas nesses ambientes, resultando em análises críticas nos campos dos estudos literários e da educação, reflexões provenientes da prática em salas de aula do ensino fundamental e médio, e narrativas das experiências em projetos de extensão que estabelecem conexões entre a universidade e a comunidade em geral. Essa circulação artística inclui, nos espaços mencionados, representações de personagens negras em situação de protagonismo, temas relacionados à cultura afro e outras representações que ocupam papéis essenciais na promoção do hibridismo cultural brasileiro por meio da arte e da prática de uma educação antirracista. Estas vozes devem ser resgatadas através de abordagens que desafiem a dominação do poder, rejeitando imposições provenientes de diversas fontes, como o colonialismo, a discriminação étnico-racial e as imposições culturais, entre outras. O cerne da resistência reside em transformar este cenário, permitindo que os grupos marginalizados recuperem sua subjetividade, unificando uma identidade fragmentada por meio de expressões individuais e obtendo reconhecimento de suas próprias perspectivas. Este debate se apoia em análises de Ashcroft (2001), que investiga diferentes formas de resistência - seja pacífica, violenta ou discursiva -, Homi Bhabha (1998), que examina a mímica como uma tática para desestabilizar as normas estabelecidas, e Hutcheon (1989), que explora os aspectos sutis da resistência discursiva, abrangendo a reescrita, a releitura e a paródia. Insere-se no contexto da Lei 10.639/2003 e seus respectivos documentos norteadores destinados ao ensino básico e superior, com foco nas abordagens teóricas, críticas e literárias no campo da pesquisa, do ensino e da extensão.
Palavras-chave: Literatura negra. Literatura Afro. Resistência.
Data: 24/10/24 (quinta-feira)